
Em 1950 Jacarezinho vivia o auge do desenvolvimento. Com uma grande produção de café e cana-de-açúcar, a cidade figurava entre as mais importantes do Paraná.
Foi em meio a esse cenário que Silvestre Blasco, um escultor vindo de Barcelona, na Espanha, chegou para trabalhar em uma das principais obras arquitetônicas da região: a nova catedral de Jacarezinho.
O templo, cuja a construção havia começado no início da década de 1940 e a obra estava na fase final. Enquanto o fluminense Eugênio Sigaud finalizava os painéis, Blasco tinha a missão de esculpir as imagens internas e externas da nova igreja. Uma tarefa que o experiente escultor catalão levou anos para executar.
Dentre elas a imagem da nossa querida padroeira, a Imaculada Conceição. De madeira bruta ela foi esculpida e usada a técnica de policromia (imagem talhada em madeira, coberta com uma fina cama de cola e gesso para receber pintura e/ou douramento).
Apesar da beleza do trabalho, os fiéis se espantaram com o que viram. O estilo empregado pelo escultor era incomum para os padrões locais seguindo a tradição espanhola da imaginária religiosa. Fazem-se presentes em suas obras os princípios do verismo (realismo) e da expressividade emocional de forma que se assemelham (intencionalmente) muito com pessoas embora exista, também, uma áurea de leveza e santidade nesta obra.
Assim, Silvestre Blasco esculpe a imagem da Imaculada Conceição do altar-mor demasiado humana para a população local, algo inadmissível para a época. Segundo relatos da época, diz-se que Blasco inspirou-se numa linda jovem moradora da cidade para esculpir a imagem da Imaculada, trazendo esta referência do humano em sua obra.
FONTE: www.avulsos.com.br/l/o-escultor-das-catedrais/
VIVA A IMACULADA CONCEIÇÃO! VIVA A DIOCESE DE JACAREZINHO!
PASCOM Diocesana